"Amor, Teoricamente" é um romance que rapidamente conquistou leitores ao redor do mundo com sua mistura de humor, emoção e um toque de ciência. Escrito por Ali Hazelwood, a mesma autora de sucessos como "A Hipótese do Amor", o livro é uma leitura envolvente que cativa fãs de comédias românticas e daqueles que buscam uma trama leve, mas cheia de reviravoltas.
O livro segue a vida de Elsie Hannaway, uma jovem física teórica que divide seu tempo entre a vida acadêmica e um trabalho incomum: ser uma namorada falsa para ganhar uma renda extra. Apesar de apaixonada pela ciência, Elsie se vê constantemente frustrada pelo mundo acadêmico e pelos desafios que enfrenta em conseguir uma posição permanente em uma universidade.
Quando um dos homens para quem ela prestou seus "serviços" acaba sendo irmão de Jack Smith, o chefe de um dos departamentos universitários mais prestigiados — e alguém com quem ela tem uma relação conturbada — a vida de Elsie vira de cabeça para baixo. Jack, que sempre foi contra suas teorias e métodos científicos, não facilita sua vida, e isso cria um atrito divertido e cheio de química entre os dois.
O mundo acadêmico é um dos principais pilares do livro. Ali Hazelwood, sendo cientista, traz uma representação autêntica dos obstáculos que as mulheres enfrentam em ambientes dominados por homens, especialmente no campo das ciências exatas. Elsie, como protagonista, enfrenta desafios tanto profissionais quanto pessoais, o que faz com que muitas leitoras possam se identificar com seus dilemas.
Embora o pano de fundo seja a ciência e a academia, o romance é o ponto central do livro. O relacionamento entre Elsie e Jack é construído de maneira gradual, cheio de diálogos afiados e situações engraçadas. A química entre eles cresce à medida que Jack começa a perceber que há muito mais em Elsie do que ele imaginava, especialmente em relação ao que ela é capaz na ciência.
Hazelwood também tece críticas sutis à maneira como as mulheres são frequentemente subestimadas em ambientes acadêmicos. A relação de Elsie com Jack e outros personagens masculinos no livro levanta questões sobre como as mulheres precisam constantemente provar seu valor em campos dominados por homens.
Elsie é uma personagem multifacetada, que vive uma dualidade entre sua paixão pela física teórica e a necessidade de sobreviver financeiramente. Seu trabalho como "namorada falsa" é um reflexo da dificuldade que jovens cientistas enfrentam no início de suas carreiras. Ao longo do livro, ela cresce como pessoa e como profissional, aprendendo a equilibrar sua vida pessoal e profissional, e a lidar com seus sentimentos por Jack.
Jack é o típico personagem que começa sendo mal compreendido pelo leitor, mas acaba revelando uma profundidade emocional significativa ao longo da trama. Inicialmente, ele é visto como o "antagonista", mas, à medida que a história avança, o leitor começa a entender suas motivações e seu respeito por Elsie cresce, tanto no aspecto pessoal quanto profissional.
Os personagens secundários, como amigos e colegas de trabalho de Elsie, também desempenham papéis importantes no desenvolvimento da trama, trazendo leveza e mais humor à história. Eles ajudam a construir o mundo ao redor da protagonista, dando mais camadas à sua jornada.
Ali Hazelwood mantém o mesmo estilo de escrita que a consagrou em "A Hipótese do Amor": diálogos inteligentes, muita química entre os protagonistas e uma boa dose de humor. A narrativa é leve, fluida, com um equilíbrio entre momentos de tensão romântica e cenas mais descontraídas. A autora também sabe como inserir questões mais profundas sobre o mundo acadêmico e o papel das mulheres na ciência sem sobrecarregar o leitor.
Elsie é uma protagonista com a qual muitos leitores podem se identificar. Seus desafios no ambiente acadêmico, suas inseguranças e sua jornada para encontrar equilíbrio entre trabalho e vida pessoal tornam a personagem autêntica e cativante.
O relacionamento entre Elsie e Jack é um dos pontos altos do livro. O embate inicial entre os dois, seguido de uma tensão crescente, faz com que o leitor fique investido no desenvolvimento do romance. A maneira como o romance é construído, sem pressa, permite que a química entre os personagens seja realista e emocionante.
A leveza e o humor, especialmente nos diálogos, tornam a leitura envolvente. Hazelwood tem um talento especial para criar cenas cômicas que se encaixam bem na narrativa, sem parecerem forçadas.
Em alguns momentos, o ritmo da história pode parecer um pouco lento, especialmente nas cenas que abordam mais a ciência e o trabalho acadêmico. Isso pode afastar leitores que esperam um romance mais direto.
Para quem já leu outras obras de Ali Hazelwood, "Amor, Teoricamente" pode parecer seguir uma fórmula semelhante. No entanto, muitos leitores ainda acham a abordagem fresca e agradável, apesar das semelhanças com suas obras anteriores.
"Amor, Teoricamente" é uma leitura envolvente que mistura romance, comédia e ciência de uma maneira única. Ali Hazelwood consegue mais uma vez criar personagens apaixonantes e uma trama que mantém o leitor preso do início ao fim. Se você gosta de histórias que exploram o mundo acadêmico e tem uma boa dose de romance, esse é um livro que você não pode perder.
Atenciosamente,Marcos Mariano
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