- Title: Dom Casmurro
- Nome Alternativo: Dom Casmurro
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Sinopse:
Escrito para sair diretamente em livro, o que ocorreu em 1900, embora com data do ano anterior, o terceiro romance da “trilogia” realista de Machado de Assis sugere três leituras sucessivas: a primeira, romanesca, é a história da formação e decomposição de um amor, do idílio da adolescência, passando pelo casamento, até a morte da companheira e do filho duvidoso; a segunda, próxima do romance psicanalítico e policial, é o libelo acusatório do marido-advogado à cata de prenúncios e evidências do adultério, tido por ele como indubitável; e a terceira, mais instigante, deve ser realizada à contracorrente, pela inversão do rumo da desconfiança, transformando em réu o próprio narrador, em acusado o acusador. Este, na ânsia de convencer a si mesmo e ao leitor da culpa da mulher, monta uma rede intrincada de armadilhas para defender a reputação de um-cidadão-acima-de-qualquer-suspeita que, estando com a palavra, tenta seduzir o “fino leitor” e a “castíssima leitora”, ganhar-lhes a simpatia.
- Gênero do livro: Ficção, Literatura Brasileira, e Romance
- Autor do livro: Machado de Assis
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“Dom Casmurro”, escrito por Machado de Assis e publicado em 1900, é uma obra-prima da literatura brasileira que se destaca por sua complexidade narrativa e profundidade psicológica. Este romance é o terceiro e último da chamada “trilogia” realista de Machado de Assis, e oferece uma visão rica e multifacetada da vida e das relações sociais do século XIX no Brasil.
A trama gira em torno de Bentinho Santiago, um homem de meia-idade que decide escrever suas memórias e refletir sobre sua vida e seu passado. A história central é o seu amor pela bela e encantadora Capitu, desde a adolescência até o casamento e a eventual desconstrução do relacionamento. Bentinho, agora um advogado, suspeita que sua esposa o traiu com seu melhor amigo, Escobar, e a trama se desenrola em torno da sua busca por evidências que confirmem essa traição. Contudo, a narrativa também sugere uma terceira leitura, na qual a própria confiabilidade do narrador é posta em dúvida, e ele mesmo pode ser o responsável pela criação de uma intrincada rede de enganos e manipulações para justificar suas suspeitas e preservar sua reputação.
Análise dos Personagens
- Bentinho Santiago: O narrador e protagonista da história, Bentinho é um personagem complexo e ambíguo. Sua perspectiva sobre o mundo e sobre seus relacionamentos é profundamente influenciada por suas inseguranças e ciúmes. A ambiguidade em suas observações e julgamentos deixa os leitores questionando a veracidade de suas acusações e a sinceridade de suas intenções.
- Capitu: A esposa de Bentinho, Capitu é uma figura enigmática e fascinante. Sua personalidade é retratada através dos olhos de Bentinho, o que adiciona uma camada de subjetividade à sua representação. Ela é muitas vezes descrita como sedutora e misteriosa, e seu caráter é central para o desenvolvimento da trama e para as suspeitas de Bentinho.
- Escobar: Melhor amigo de Bentinho e marido de sua amiga de infância, Escobar desempenha um papel crucial na trama, sendo o alvo das acusações de Bentinho. Sua relação com Capitu e sua amizade com Bentinho são exploradas ao longo da narrativa, contribuindo para o suspense e a tensão.
Temas Principais
- Ciúmes e Paranoia: O livro explora a natureza corrosiva dos ciúmes e como eles podem distorcer a percepção da realidade. Bentinho é consumido por suas suspeitas e pela necessidade de confirmar sua teoria, o que leva a uma série de eventos e descobertas que afetam profundamente sua vida.
- A Natureza da Verdade: “Dom Casmurro” desafia a percepção do leitor sobre a verdade e a realidade. A narrativa é construída de tal forma que questiona a confiabilidade do narrador e deixa espaço para múltiplas interpretações sobre o que realmente aconteceu.
- Classe Social e Hipocrisia: A obra também aborda questões sociais, como a hipocrisia e as limitações impostas pela classe social. A análise das convenções e das expectativas sociais da época adiciona uma camada crítica à narrativa.
Estilo de Escrita
Machado de Assis é conhecido por seu estilo sofisticado e irônico, e “Dom Casmurro” não é exceção. A escrita é marcada por uma introspecção profunda e uma ironia sutil que revela as contradições e complexidades dos personagens. O uso de um narrador não confiável e a estrutura narrativa que se desvia da linearidade tradicional contribuem para a riqueza e a profundidade do romance.
Conclusão
“Dom Casmurro” é uma leitura essencial para quem deseja explorar a literatura brasileira clássica e compreender as nuances da psique humana e das relações sociais. A obra de Machado de Assis continua a ser relevante e provocativa, oferecendo uma análise perspicaz da natureza da verdade e da subjetividade. Se você está interessado em uma narrativa que desafia as expectativas e mergulha nos mistérios da mente humana, “Dom Casmurro” é um romance imperdível.
Atenciosamente,
Marcos Mariano
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