Mentiras que Lily conta para si mesma
No romance “É Assim que Acaba”, de Colleen Hoover, a protagonista Lily Bloom enfrenta uma série de desafios emocionais e psicológicos em seu relacionamento com Ryle Kincaid. Uma das principais temáticas abordadas é a autoengano, onde Lily se vê presa em um ciclo de mentiras que ela mesma cria para justificar suas escolhas. Essas mentiras não apenas moldam sua percepção da realidade, mas também influenciam suas decisões, levando-a a um estado de conflito interno que é central para a narrativa.
A idealização do amor
Lily frequentemente idealiza seu relacionamento com Ryle, acreditando que o amor pode superar qualquer obstáculo. Essa crença a leva a ignorar sinais de alerta sobre o comportamento abusivo de Ryle, convencendo-se de que ele mudará e que seu amor é suficiente para curar suas feridas emocionais. Essa idealização é uma das mentiras mais prejudiciais que Lily conta a si mesma, pois a impede de ver a realidade de sua situação e a força que precisa para se libertar.
Justificativas para o comportamento abusivo
Outra mentira que Lily conta a si mesma é a de que Ryle não é realmente uma má pessoa, mas sim alguém que está passando por dificuldades. Ela tenta justificar suas ações violentas e controladoras, acreditando que, se ela apenas o apoiar, ele se tornará a pessoa que ela deseja que ele seja. Essa negação da realidade é uma forma de autoengano que a mantém presa em um relacionamento tóxico, dificultando sua capacidade de agir em prol de seu próprio bem-estar.
A culpa e a responsabilidade
Lily também se sente culpada por suas próprias emoções e reações, acreditando que, de alguma forma, ela é responsável pelo comportamento de Ryle. Essa mentira a leva a internalizar a culpa, fazendo com que ela se sinta inadequada e incapaz de buscar ajuda. Ao se convencer de que suas ações são a causa do comportamento de Ryle, Lily se distancia ainda mais de sua própria verdade e do apoio que poderia receber de amigos e familiares.
O medo da solidão
O medo da solidão é uma das mentiras mais profundas que Lily enfrenta. Ela acredita que estar com Ryle, mesmo em um relacionamento abusivo, é melhor do que estar sozinha. Essa crença a impede de buscar a felicidade fora desse relacionamento, levando-a a aceitar comportamentos que são prejudiciais a sua saúde mental e emocional. O medo de ficar sozinha a faz sacrificar sua própria felicidade em nome de um amor que não é saudável.
A esperança de mudança
Lily frequentemente se agarra à esperança de que Ryle mudará, uma mentira que a mantém presa em um ciclo de abuso. Essa esperança é alimentada por momentos esporádicos de carinho e amor que Ryle demonstra, fazendo com que ela acredite que a mudança é possível. No entanto, essa expectativa irrealista a impede de ver que a mudança verdadeira deve vir de dentro de Ryle e não pode ser forçada por sua vontade ou amor.
Negação dos sentimentos
Outra mentira que Lily conta a si mesma é a de que seus sentimentos não são válidos. Ela frequentemente minimiza suas emoções, acreditando que não tem o direito de se sentir magoada ou triste. Essa negação de seus próprios sentimentos a impede de processar a dor que está vivenciando e a leva a um estado de confusão emocional. Ao não validar suas emoções, Lily se priva da oportunidade de buscar ajuda e apoio.
A busca pela aprovação
Lily também se vê presa à necessidade de aprovação dos outros, especialmente de Ryle. Essa busca pela validação externa a leva a mentir para si mesma sobre o que realmente deseja e precisa em um relacionamento. Ela acredita que, se agradar Ryle e atender às suas expectativas, será amada e aceita. Essa necessidade de aprovação a distancia de sua verdadeira identidade e de suas necessidades emocionais.
O ciclo de repetição
Por fim, as mentiras que Lily conta a si mesma a mantêm presa em um ciclo de repetição. Cada vez que ela se convence de uma nova mentira, ela se afunda ainda mais em um relacionamento que a machuca. Essa repetição de padrões é uma forma de auto-sabotagem que a impede de romper com o ciclo de abuso e de buscar a felicidade que merece. Reconhecer essas mentiras é o primeiro passo para a libertação e a cura.
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